quarta-feira, 3 de agosto de 2011

[Recomendo] Like a Stone - Audioslave



Esse é o primeiro post dessa série, onde vou trazer minhas recomendações musicais para vocês, leitores do Guitar Bloogie. Pode ser uma música, um CD, ou uma banda.
Hoje lhes trago uma música fantástica do Audioslave, que uniu traços de duas grandes bandas (Soundgarden e Rage Against The Machine).
Like a Stone foi o grande sucesso do Audioslave. Uma música, eu diria, econômica, mas com um arranjo que preenche completamente a sua estrutura. Uma guitara com uma pitada de trêmolo, baixo levemente fuzzado, bateria um tanto quanto grooveada e o vocal totalmente imerso na ideia da música: a de uma pessoa idosa que já perdeu todos os seus amigos e ente queridos, que está à espera da morte para que possa reencontrá-los.
A música segue numa estrutura simples e repetitiva (mas longe de soar chata) e chega em um refrão um pouco mais explosivo que o restante dela, com destaque para a interpretação de Chris Cornell.
Logo após o segundo refrão, vem o momento mais FODA (desculpando o adjetivo): o solo arrepiante de Tom Morello (sou suspeito pra falar desse cara): melodia incrível, simples e marcante, o uso do pedal Whammy (marca registrada do som do Morello, esse pedal de expressão muda a afinação da nota tocada em até 3 oitavas) deu o toque que o solo precisava para soar sublime. Nota 10!
Após o solo, temos um belíssimo trecho de voz e violão, que vai crescendo até a volta para o refrão (onde mais uma vez Cornell arrebenta) e aí chegamos ao fim da música.
Isso, para mim, é feeling: a interpretação, os arranjos, as texturas, tudo combina com a letra e o conceito da música. Simplesmente incrível!

Espero que vocês tenham curtido a recomendação e a análise!
Grande abraço, pessoal!

[DIY] Produzindo Seu Som (Parte 3) - VSTis e MIDI

Chegamos à terceira parte do Produzindo Seu Som e o assunto de hoje é VSTis e MIDI. Pra começar vamos aos conceitos:
VSTi: Virtual Studio Techonology Instruments, tecnologia de simulação de instrumentos reais.
MIDI: Existe uma controvérsia em relação ao que é MIDI. Não, MIDI não é audio. MIDI são informações. "Mas e quando eu abro um arquivo MIDI, ele toca no Windows Media Player." Sim, de fato, mas a questão é que todo computador tem um software de leitura de MIDIs. A abordagem do que o MIDI pode fazer é enorme, no entanto, nessa postagem, vou focar na sua ligação com VSTis.

Qual é a utilidade de VSTis em minha produção?
Vamos supor que você está gravando uma banda de pop-rock e você precisa de um orgão Hammond fazendo uma base legal. Você tem um tecladista, mas a sonoridade do teclado dele é bem tosca. Com VSTis, você pode facilmente criar um trilha utilizando samples de altíssima qualidade (geralmente sampleados de um instrumento real muito bom). Outra grande utilidade são as baterias virtuais. Gravar bateria é muito complicado pela exigência de muitos mics, várias entradas na interface ou uma mesa de som legal, uma sala com boa acústica. Além de ser caro, não é prático, porque se passam horas testando posições de microfone, regulando níveis de entrada na interface ou mesa, afinando a bateria... É complexo. Então, com VSTis, você pula toda essa parte burocrática e fica só com a parte criativa.

Que tipo de informações o MIDI envia?
Basicamente, informações sobre dinâmica (velocity), altura da nota (pitch), duração (length), entre outras. É como se o MIDI pegasse um acorde ou nota e esmiuçasse todas as suas caracteristicas. O mais legal do MIDI é que, se a execução saiu em algum ponto errada, você pode simplesmente eliminar o erro no editor!

Como usar os VSTis?
Você deve criar uma pista MIDI em sua DAW e nela aplicar o VSTi desejado. A partir daí, você tem duas escolhas: editar o arquivo MIDI 'na mão' ou utilizar um teclado controlador. A edição na mão é complicada e também é muito menos real. Pra editar dessa forma, requer muita prática. É o tipo de edição que eu costumo usar, mais por uma questão de adaptação e necessidade mesmo. Já a edição via teclado controlador (ou bateria eletrônica) é mais real, tem mais dinâmica, pegada, o resultado acaba ficando mais original. No entanto, nem sempre temos um teclado controlador ou uma bateria eletrônica, e nem sempre sabemos tocar esses instrumentos. Hoje em dia, a grande maioria dos teclados vem com MIDI, o que ajuda bastante (pois existem teclados controladores dedicados à essa função, que não tem nenhum timbre internamente, só função de controle mesmo).

Como fazer para criar a comunicação entre meu teclado e VSTis via MIDI?
Com o advento do USB, tudo se barateou e ficou mais prático. Antigamente, a conexão MIDI era feita por aquelas entradas 'gameport', o que nem todo computador possuia. Hoje, existem interfaces MIDI/USB que são baratíssimas (~ R$ 30,00) e funcionam muito bem. E como sabemos, todo PC atual vem com uma 'pá' de entradas USB. No caso dessa interface, foi plug 'n play, ela foi instalada automaticamente. No Cubase, ela foi reconhecida. Abri uma pista MIDI, adicionei um VSTi no out dessa pista e na in, selecionei a interface. Pronto!

É importante salientar que existem VSTis de todo o tipo e do todo tamanho (dos bem pequenos até os gigantescos. Alguns até necessitam de um HD externo inteiro!), desde instrumentos mais comuns (guitarra, violão, baixo) até instrumentos específicos (cítara, percussões latinas, violino). E todo tempo surgem novidades. Porém, quanto mais VSTis você usar em sua produção, menos original ela vai ser. É tipo "Ah, a bateria que tu usa é igual a minha, o piano também." De qualquer forma, é possível conseguir ótimos resultados, desde que se edite muito bem o MIDI.

VSTIs que costumo usar
Baixo: Broomstick Bass
Violão: MusicLab Real Guitar 2
Bateria: Addictive Drums, EzDrummer
Percussões: Latin Percussion, Mixom Samplers
Sintetizadores: Korg Legacy Digital Edition
Orgão: Native Instruments B4 II
Orquestra (vários instrumentos de orquestra): EWQL Symphonic Orchestra Gold, Garritan Personal Orchestra
Piano: 4Front TruePianos
Coro de vocais: Syntheway Magnus Choir 1.5

Aqui fica um link que achei interessante sobre MIDI, pra quem quiser saber mais: Outros Ventos - MIDI, SAIBA O QUE É E COMO FUNCIONA

É isso aí, galera. Caso tenham alguma dúvida ou crítica, é só comentar.

Grande abraço!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

[DIY] Produzindo Seu Som (Parte 2) - VSTs

Muito bem, dando continuidade, posso imaginar que a essa altura você já saiba como fazer o som 'entrar' no seu pc de forma correta. Porém, o som entra totalmente limpo, sem nenhum processamento, sem nenhuma produção. O que fazer? É aí que entram os VSTs.

O que são VSTs?
VSTs (Virtual Studio Technology) são, basicamente, processadores de som. Simulações de amplificadores, pedais, efeitos (delay, reverb, chorus, phaser, etc), afinadores (Celemony, Autotune), compressores, equalizadores, enfim, é um mundo à parte que é essencial pra que se consiga uma boa produção. A própria DAW que você usa já tem VSTs nativos, embora nem sempre esses supram as necessidades em termos de qualidade.

Que VSTs eu devo ter em meu computador?
Isso depende de que tipo de produção você quer realizar. Suponhamos que você queira gravar uma banda completa (guitarra, baixo, bateria, teclado e vocal) acho interessante que você tenha:
- Simulador de amps, pedais e efeitos para guitarra (Guitar Rig, Amplitube, Revalver, entre outros) e baixo (Ampeg SVX, Bass Amp Room);
- Afinadores de vocal* (Celemony, Autotune);
- Equalizadores e Compressores (Nativos da DAW servem bem);
- VSTi (Virtual Studio Technology Instrument) de Bateria e de Teclado (isso é assunto para outro post).
- Qualquer pacote de plugins da Waves. Neles, você vai encontrar equalizadores, compressores, limiters, pitch shifter, reverbs, etc. Enfim, muita coisa interessante.

Como utilizá-los?
Existem duas formas de utilizar os VSTs: real time ou non-real time.
Real time: O processamento é feito em tempo real, dessa forma, você pode observar melhor as mudanças de timbre, equalização, etc. e o seu sinal permanece intacto (limpo);
Non-real time: Seu sinal original é modificado por um sinal processado.
Eu prefiro o real time, pelo fator que citei acima, embora exija bem mais capacidade do seu computador. De qualquer forma, os dois processos são válidos.

Se exige processamento, qual é a configuração ideal para meu pc?
Eis a configuração de meu computador: Processador Pentium Dual-Core 2.7GHz, 3GB de memória RAM, HD de 320GB, S.O Windows XP. Como vocês podem observar, meu PC não é essa "coca-cola" toda, porém, consigo trabalhar com ele muito bem (mesmo trabalhando com vários VSTs em real time). Um pc com essa configuração e Windows 7 já não fica tão bem (EDIT: foi o que aconteceu comigo, utizando Windows 7 x86, mas a versão x64 do Windows 7 é otimizada para o uso de VSTs, segundo nosso amigo andre.wylde, do Fórum CifraClub), por isso prossigo usando o XP.

* Afinadores de vocal... É um assunto polêmico, porém eu vos digo que NENHUMA produção profissional atual deixa de passar por ele (a não ser quando a intenção da produção é deixar o som bem cru mesmo). O segredo é usá-lo com moderação: não para corrigir desafinações homéricas, e sim para encaixar o seu vocal melhor na mixagem. Enfim, usem e tirem suas próprias conclusões.

É isso aí! Comentem, perguntem, discutam.
Grande abraço!

[DIY] Produzindo seu som - Introdução

IMPORTANTE: Não sou produtor musical profissional, mas, de acordo com relatos, minhas mixagens são boas. Além disso, algumas bandas já me procuraram pra gravar justamente por acharem a qualidade legal. Darei dicas, farei tutoriais, tudo baseado em meu conhecimento adquirido atraves de leitura e muita intuição.

IMPORTANTE²: O material postado aqui é direcionado para amadores da produção musical, ou simplesmente músicos que queiram registrar seu som independentemente.

Quem não sabe o significado de DIY, é simples: Do It Yourself, ou seja, faça você mesmo. Essa série de postagens ([DIY] Produzindo seu som) falará sobre como obter uma qualidade legal nas suas produções. Tentarei abordar os temas de forma simplificada, mas é importante que já se tenha um conhecimento prévio básico.
Falarei basicamente sobre gravação e mixagem, que são processos mais técnicos, digamos. É óbvio que existe uma parcela de criatividade envolvida nesses processos, mas existem certos conceitos que você pode seguir e que provavelmente vão trazer bons resultados.

Preparando para gravar

Como capturar o som?
Pra começar a gravar, você pode utilizar a sua placa de som onboard mesmo, atraves da entrada de linha ou de microfone. Porém, ela não vai assegurar uma boa conversão do sinal analógico/digital (isso implica em menor fidelidade ao som original) e também trará ruídos em excesso à sua gravação. Esse cenário já é um péssimo começo, pois não há nada pior do que ruidos excessivos em uma gravação. Placas onboard em geral são voltadas para reprodução de audio e para entradas simples de audio (como microfones para bate-papo, por exemplo), que não necessitam de fidelidade sonora.
Eu recomendo a compra de uma interface de audio usb, mesmo que simples, de uma ou duas entradas. Com toda a certeza, ela terá conversores melhores do que uma placa onboard e menos ruídos. É possível gravar vários instrumentos com uma interface usb (um de cada vez). Ao comprar, LEIA O MANUAL. Ele vai te guiar na instalação e na configuração da interface.

Que programa devo utilizar?
Aquele com o qual você se adequar melhor. Existem softwares bem simples mas funcionais, como o Audacity. Eu uso o Cubase SX3. A maioria deles terá suporte à sua interface de audio, e eu acredito que nenhum tenha qualidade sonora maior do que o outro... Então fica a seu critério.

Que ajustes devo fazer?
É importante observar alguns detalhes: seus cabos estão funcionando bem? Seu instrumento está regulado e afinado (Vocês devem concordar comigo que é um porre um cabo com falhas por mal contato... Pior ainda é instrumento desafinado, que, além de soar feio, entrega de cara que sua produção é totalmente amadora)? Se sim, é hora de observar os níveis de entrada na sua placa. A própria DAW (Digital Audio Workstation, tais como: Cubase, Nuendo, Reaper) tem um indicador. Você deve observar se ocorre clipping (a grosso modo, ocorre clipping quando o nível passa do suportado pela placa, ocasionando distorção do sinal, o que não é favorável). Caso esteja ocorrendo, aparecerá um sinal vermelho no indicador (é o que acontece no Cubase), e então você deve reduzir o nível de entrada. Recomendo gravar com o máximo de volume possível antes do clipping. Fazer isso vai te livrar de muitos problemas futuros.

Não tenho pedaleira, e agora?
Sinceramente, prefiro mil vezes que o som gravado chegue limpo ao pc. Dessa forma, o poder de edição é muito maior. Existem softwares que simulam amplificadores, pedais e efeitos, como o Guitar Rig e o Amplitube, e é possível gravar utilizando esses programas em tempo real.

Quero gravar microfonando meu amp.
Bom, gravar microfonando amp não é fácil, exige um bom microfone, conhecimento sobre o posicionamento correto dele, enfim, não acho nada prático e não é familiar para mim. Como eu disse, prefiro que o som chegue puro ao computador, pelo poder de edição que isso nos proporciona. Façam suas próprias experiências!

Pra começar, é isso, pessoal. Creio que já dê pra começar a brincar de gravar!
Acompanhem os próximos posts!
Caso tenho alguma dúvida, postem nos comentários. Se estiver ao meu alcance, com certeza responderei!

Grande abraço!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

[Bandas] Stalingrado.

1939-1945. Os anos que correspondem à Segunda Guerra Mundial, onde surgiu a provável maior ameaça à liberdade e à igualdade entre as raças: Adolf Hitler e o nazismo.Quem já teve aulas de História sobre a Segunda Guerra, sabe muito bem a desgraça que o nazismo representa. A Batalha de Stalingrado foi decisiva para a derrocada de Hitler e do nazismo. Se pararmos pra pensar, hoje temos um mundo livre para crenças, raças e grupos minoritários graças à essa famosa batalha.

2006. Ano de eleições gerais. Cenário: cidade de São Luís do Maranhão, lugar que foi dominado por 40 anos por uma família cujo sobrenome é desnecessario citar (pois são beeeem conhecidos). 40 anos de exploração e de vergonha. Porém, o povo estava cansado de humilhação e eis que surge o movimento 'Xô, Rosengana', movimento crucial para que essa situação fosse revertida. E é nesse cenário que 5 jovens músicos são convidados para participar do evento (realizado na Praça Nauro Machado), levando músicas que representassem bem a ideia do movimento: libertação do Maranhão.

É nesse ponto em que essas duas histórias se cruzam. Os 5 jovens não tinham um nome para que a banda pudesse se apresentar. Que nome poderia representar melhor a ideia de liberdade? Depois de muito pensar, bingo! Stalingrado!

O evento passou, o Maranhão ganhou um novo governador, trocando em miudos, o movimento foi muito bem sucedido. A partir daí, a banda decidiu manter o nome e hoje ele se encaixa como uma luva na proposta musical da banda. Alguém sabe dizer qual é?

Sim, liberdade. Liberdade de ideias, de texturas, de criação, de sons. Liberdade de expressão. Isso é Stalingrado!

A banda hoje é formada por:
Marcello Amate (Vocais/bases);
Ruan Cruz (Guitarra/Samples);
Hugo César (Baixo);
Raul Lima (Bateria),
contando com 10 músicas autorais prontas e muitas outras em processo de arranjo.

Não deixem de conferir:
MySpace da Stalingrado
Stalingrado no Facebook

Agora, falando em primeira pessoa:
O que eu posso dizer é que esse é o meu maior projeto, o mais ambicioso. É o meu sonho, o meu ideal. Levar a Stalingrado pra frente, com seu conceito intacto, é o meu objetivo de vida. Ouçam com carinho, pois tudo o que fizemos até agora foi feito da mesma forma, com muito carinho e dedicação.

#VivaStalingrado

Grande abraço e até o próximo post!

Primeiro post. :)

IMPORTANTE: Não sou um bom redator, muito menos daqueles que gostam de 'rodear', encher linguiça. Minhas postagens serão simples e objetivas. Espero não decepcioná-los com erros grotescos de gramática! :P

Guitar Bloogie. Por que esse nome?
1- Guitar Boogie é o nome de uma famosa música instrumental, composta por Arthur "Guitar Boogie" Smith;
2- Sou apaixonado por guitarra, produção musical, enfim, música;
3- Queria um título interessante e que representasse o que é o site... Ora, é um blog sobre música! Blog, bog, boog, boogie. Blog + Boogie = Bloogie! haha

Enfim, galera, o blog vai basicamente reunir as minhas ideias sobre os três assuntos que citei (guitarra, produção e música em geral) e, talvez, pensamentos que tenho sobre a vida (vai ser difícil eu postar algo nesse sentido, mas se eu estiver inspirado, quem sabe?). Espero que o conteúdo possa ajudá-los a evoluir, seja como ouvintes, guitarristas, músicos ou 'produtores independentes'. E espero também o feedback de vocês nos comentários.

Deixo então o vídeo da música Guitar Boogie, interpretada pelo grande guitarrista Tommy Emmanuel:



Tomara que eu consiga manter uma rotina de postagens interessante!
Grande abraço e até o próximo post!